Como o pó, e como o ar. Craseando tudo, confundindo as entranhas...

terça-feira, 15 de novembro de 2011

 Estou soltando o verbo em cima de você, e espero que não haja nenhuma resposta para o apocalipse e as mentiras de fim que você trará em livros para mim. Não estou te pedindo consolo, ou conselho, e eu não quero mais palavras que comecem com a e i o u, não quero vogais e consoantes casadas ao seu bem ver. 
 Quero acordar, e não quero lembrar que hoje tem aula, porque o que me ensinam lá não me faz uma pessoa melhor, a exatidão cria homens frios e mulheres mortas, não sou filha do pé frio, eu não estou fria hoje, pode me tocar!
 Não é tão tarde para tentar me convencer de que estou louca, mas particularmente, acho que já passou do tempo. Estou dançando na Lua e ninguém quer ver como eu posso xingar. Não vou corrigir minha postura, porque de verme eu posso bem fingir ter, e eu não vou me educar para criar mais pedaços de gelo exato e concentrados em mol de porcaria dentro de mim.
 Mas já é tarde para tentar me convencer de que estou ficando louca.

Quero Quebrar a Janela da Vizinhaça

 O café quente e aquela fumaça que fica por segundos no óculos, que te cega por pequenos momentos de uma intensidade de outros monótomos e enormes momentos. Eu não vou estar aqui para ficar com vocês por monótomos momentos, porque a vida esta me passando na janela, e ela bate na janela da nossa casa incessantemente, mas por quê?, por que nós simplesmente fechamos a janela e tapamos os ouvidos para a chance de fazer tudo dar errado?
 Nós somos próprios residentes de nosso cárcere e ninguém quer sair daqui por medo, mas talvez a morte e a sujeira não sejam tão abomináveis assim, insistimos em fingir que estamos bem dentro de casa, limpos, cheiroso e confortáveis, mas conforte garante emoção? Vamos estourar fora das janelas, e estourar as janelas das vizinhanças, vamos fazer comerciais de perfumes babacas e saltar de cabeça pro nada esperando que o coração pule pela boca e vá embora e dê mortais para voltar.
 Por quê fingir que não podemos mudar o destino da comida que vai a nossa boca ou do presidente que deixa pessoas morrerem? Insistir em teorias de conspiração e passar a vida inteira negando subestimação ao sistema te faz melhor? As pessoas estão com medo de se emocionar, e a humanidade não passa mais de um planeta morto, onde todos não querem dançar na noite.
 Vamos, quebrar as janelas de casa e da vizinha que reclama dos gritos a noite, dançar e cantar bem alto na noite, enquanto nossos corações pulam da boca, e dá mortais.


 Faça o que quiser, e não é necessário matar para isso, o barulho nunca feriu ninguém, ah não ser causar impacto, mas impacto não é uma palavra barulhenta?