Mas,eu não sou falsa e digo, sim, eu senti aquilo, aquele misto de insatisfação, decepção e alívio. Mas o que mais me dói é saber que você não é o primeiro que conheço e que os atos me fazem acreditar não passar mais do que uma máquina. O fato que me leva hoje, agora, neste domingo meio estranho a vir relatar é que, eu não me conformo. Não se é humano encerrar um caso de qualquer modo e tratá-lo com o máximo de descaso, não pensar, excluir sem respeitar, sem lembrar. As pessoas novamente me fazem sofrer ao mostrar que não se importam com quem passa em suas vidas!
Não é questão de lamber, cheirar e acariciar, mas de respeito! Por quê esta ausência tão nítida de respeito pelos outros? Não ser falso, ser honesto, mas ouvir, respeitar, pensar em como você dirigi sua vida e como você deve conduzi-la quando há mais de um no carro.
Neste domingo cheio de comida, ainda há fome...
E ninguém ao menos, ou melhor colocado, muitos não lhe oferecem apenas um minuto em seus pensares pela dor que pode se ter quando não há nada na barriga. Ou até mesmo pensar depois de condenar alguém a uma jaula de opinião, pensar no que o levou ali, respeitar suas escolhas e crenças. Essa dor em mim é por isto, porque você representa a fome do inferno lá fora, um inferno que tanto imaginou e construiu que você mesmo esta lá!
Neste domingo saindo as ruas, e topando como pessoas como você, eu sinto a fome de mil infernos juntos escorrendo pelas beiradas dos beiços de toda esta sua gente. Lunáticos condenando sem antes colocar um mínimo de esforço para entender. Porque é mais fácil julgar, é mais fácil chatear, e é mais fácil matar sabendo que a culpa é sua, mas existe um caminho criado por "boas almas" para a humilde redenção.
Num domingo como este, estou triste e meu estômago dói por saber que não é só você, mas milhares de cegos que caminham neste solo propondo um caminho fantástico e a redenção em crenças, mas sem ações para aqueles que estão perdidos.
Nesse teu lugar, eu ainda saio pelas ruas e vejo a fome de amor e de respeito...