Como o pó, e como o ar. Craseando tudo, confundindo as entranhas...

domingo, 9 de outubro de 2011



 Eu não quero mais emoções e encher a cara, ou fugir do casamento e do compromisso com a vida. Nem quero mais cabelos na minha cara e nem ser um bicho (talvez eu ainda queira sim) estranho, eu nem quero mais dançar até que meus pés sangrem e eu os perca.
 Não quero mais sumir por aí na garupa de um cara gatão clichê de filme adolescente, eu não quero ir mais para Hogwarts e conhecer o Harry e o Ron. Eu não quero deixar de ser criança embora eu ainda não tenha me formado em engenharia genética para descobrir algo que não me faça deixar de ser criança, já que de um modo ou de outro a natureza vai nos obrigando a fazer isto.
 Não quero mais cantar numa banda de rock'n'roll e fazer sexo, beber e fumar muito. Não quero mais ser loira ou ter o cabelo azul, não quero mais ser um avatar (tá, um pouquinho sim).
 A gente, eu e você ele ali, vai percebendo que não quer mais nada quando temos já um futuro todo que se chama Adolfo, Maria, ou Merlin?, (vou lá saber o nome da sua pessoa), quando temos o futuro todo em uma pessoa igual a nós. Agente não quer mais nada quando tem tudo.

 Eu não quero mais nada, porque meu futuro se chama **** (não compartilhar as peculiaridades hoje em dia é saudável), e eu sei que os clichês eu realizo, e que a liberdade e estranhezas sempre foram feitas para ser vividas com alguém.

Essa cabeça de cachos desarrumados filosofando

 As coisas constantemente trocam de lugar, como a cadeira da cozinha e as poltronas duma sala qualquer que eu possa imaginar. as pessoas trocam de lugar mas acabam pertencendo a apenas um e deixam apenas em um lugar todos os seus argumentos sinceros e sua boca lavada. Todo mundo esta sozinho quando estamos todos interligados que é tão dolorido ao estômago pensar o quanto isto é horrível. 
 Eu dependo de você e você depende de mim, eu uso roupas e não foram maquinas que a pensarem e a desenharam, eu como e não foram máquinas que trouxeram este alimento pra mim, pois elas não o descobriram. Eu dependo do tio Walt que inventou a máquina a vapor, mesmo que hoje ele seja penas um nome a ser estudado e que por alguns possa até ser merecedor de respeito, embora seja só um nome, mas mesmo assim, dependo dele, pois foi a partir dele que hoje eu me locomove dentro do busão. É a partir de milhares  bilhares e infinitas pessoas que hoje vivo, como, respiro, defeco, amo. Ninguém vive sozinho, e em nenhum momento podemos nos alienar, mas por que isso me parece horrível?
 Dependendo de cada um, todos mudamos as coisas das nossas casas de lugar para acompanhar o "diferencial vendido pela mídia", já estamos vivendo na mídia, então a menos que haja outro big bang (quem sabe?) não vamos voltar ao primitivo homem e reconstruir todo nosso modo de vida de modo alienado ou que não seja vendido pela mídia. Dependemos da mídia, porque ela não é uma máquina, são pessoas também (embora isso seja realmente desgostoso de pensar). O clichê não existe, porque se hoje a esta hora que são 19:23 de um dia lindo de 9 de outubro de 2011, você tiver uma ideia e usá-la as 19:24 do mesmo lindo 9 de outubro de 2011, já vai ser um clichê.
 É deprimente ver que as pessoas constantemente trocam de lugar e na verdade não mostram nada de si mesmos, seria menos torturável se aceitássemos que somos dependente de um animal, de um ar, do oxigênio invisível que nem sempre vai poder ser fabricado. Seria menos nojento, seria sim, se aceitássemos ser o que somos.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Quatro Patas

  Sem sobrepor-se a nada e com o nada compartilhar o descanso de uma paz figurada. O que sucede, não é uma pergunta ou uma resposta, eu perdi todos eles, mas não me sinto aliviada ao saber que perdi meus assassinos, os inimigos, não consigo me sentir aliviada quando não tenho mais aqueles que me deram as costas e que hoje m,e olham com dó. Sinto suas ausências banhadas de uma profunda imagem de que cada um quer fazer. Não estou bem perdida, porque ao meu lado sempre esta meu amor e o ar límpido que eu constantemente sonhei respirar.
  hoje, o dia está branco e eu odeio o meu "b" em letra de mão. Talvez os raios de ar não valham para mim, um novo dia neste mundo onde os puros são queimados enquanto agonizam no inferno alheio. Esta terra suja é tão fétida que não sei como ainda conseguimos disfarçar o nojo. Nesta paz, só há figuras, pois o espírito foi carcomido e defecado, enchendo nossos corpos e almas de vermes estúpidos. Não é esta minha vontade, eu amo e hoje, ontem e noutros dias claros que virão eu serei feliz, mas não posso ter paz enquanto os puros não a tem, não posso ser eu mesma enquanto os verdadeiros humanos estão agonizando. Meu maior sonho é a varredura de Hitler sem preconceitos, brancos, negros, amarelos, gordos, azuis, bonitos; todos mortos pelos motivos racionais que os levaram ali.
  Ora!, não sou nazista, porém de que me vale termos companhia se é esta que vira a mão para enforcar nossa única chance de uma possível "redenção", a parcela de 0.99% no meio de muita outra sujeira. Então, por que devo ter solidariedade com quem não a tem?
  À varredura de Hitler por uma nova existência! Viva!, a melhor do ar de um planeta.





(não me venha com blás e blás, a verdade é que ninguém tem direito de falar quando nos fazemos o que fazemos sendo racionais)