Como o pó, e como o ar. Craseando tudo, confundindo as entranhas...

domingo, 9 de outubro de 2011

Essa cabeça de cachos desarrumados filosofando

 As coisas constantemente trocam de lugar, como a cadeira da cozinha e as poltronas duma sala qualquer que eu possa imaginar. as pessoas trocam de lugar mas acabam pertencendo a apenas um e deixam apenas em um lugar todos os seus argumentos sinceros e sua boca lavada. Todo mundo esta sozinho quando estamos todos interligados que é tão dolorido ao estômago pensar o quanto isto é horrível. 
 Eu dependo de você e você depende de mim, eu uso roupas e não foram maquinas que a pensarem e a desenharam, eu como e não foram máquinas que trouxeram este alimento pra mim, pois elas não o descobriram. Eu dependo do tio Walt que inventou a máquina a vapor, mesmo que hoje ele seja penas um nome a ser estudado e que por alguns possa até ser merecedor de respeito, embora seja só um nome, mas mesmo assim, dependo dele, pois foi a partir dele que hoje eu me locomove dentro do busão. É a partir de milhares  bilhares e infinitas pessoas que hoje vivo, como, respiro, defeco, amo. Ninguém vive sozinho, e em nenhum momento podemos nos alienar, mas por que isso me parece horrível?
 Dependendo de cada um, todos mudamos as coisas das nossas casas de lugar para acompanhar o "diferencial vendido pela mídia", já estamos vivendo na mídia, então a menos que haja outro big bang (quem sabe?) não vamos voltar ao primitivo homem e reconstruir todo nosso modo de vida de modo alienado ou que não seja vendido pela mídia. Dependemos da mídia, porque ela não é uma máquina, são pessoas também (embora isso seja realmente desgostoso de pensar). O clichê não existe, porque se hoje a esta hora que são 19:23 de um dia lindo de 9 de outubro de 2011, você tiver uma ideia e usá-la as 19:24 do mesmo lindo 9 de outubro de 2011, já vai ser um clichê.
 É deprimente ver que as pessoas constantemente trocam de lugar e na verdade não mostram nada de si mesmos, seria menos torturável se aceitássemos que somos dependente de um animal, de um ar, do oxigênio invisível que nem sempre vai poder ser fabricado. Seria menos nojento, seria sim, se aceitássemos ser o que somos.

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