Como o pó, e como o ar. Craseando tudo, confundindo as entranhas...

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Validade Vadia

  A vida inteira vivendo de ameaças, de nojo, de terror. Um menino, te matando aos poucos, o brinquedo do mimado que lhe garante um pouco de conforto que lhe é dado apenas por misericórdia lhe dando tempo de uso, e tu tens que obedecer, e quando queres mais, o mimado lhe tira, lhe bate e escarra na tua cara que é dele! A vida é sempre aquele uso e desuso, quando não quer mais, ninguém precisa querer, é sempre o mais ganancioso sobre o mais humano, e apenas concordamos, fracos e indefesos.
  No estômago, forma-se um embolo e a vontade de vomitar, porque antes que se come com prazer e se digere com tempo marcado e o relógio é ali deixado pra te lembrar que tens tempo, e quando ele termina, não se pode mais fazer a digestão merecida pelo corpo, ao corpo.
  Sempre com prazo de validade, não pode usar mais o que lhe foi emprestado, se queres um, terás de humilhar-se, ou algo fazer, não importa, para que ganhe dinheiro, ganhar e gastar, a unica coisa que pode fazer um homem satisfeito. A indústria cria e cria, mas aquela vontade que tens em usar o que esta guardado pela vitrine deve ser aniquilada, porque não tens o suficiente para pagar.
  Eu não quero mais usar as coisas que não são minhas, com prazo de validade, porque até mesmo o seu irmão que um te abraçou vai virar e tomar o que é dele, e tu não poderás tocar sem que seja seu. 
  Que porra de individualismo, caralho de prazo imposto por pessoas que dizem te amar.


  Puta grande mentira dizer que ama, com prazo de validade.





não tenho vergonha de dizer que irmãos fazem isso.

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