Como se uma pilha de papéis estivesse sendo jogada na mesa, bem perto de minhas mãos fracas do ócio e do nada, a ponto de a pilha ser jogada em cima delas, para que elas se animem ou algo aconteça além do nada.
Mais papéis e mais ruas, mais passagens e mais pessoas olhando pra você como se houvesse algo que esta fora do comum, do aceitável. Roupas? Tanto faz, com ou sem elas eu me sinto do mesmo jeito, triste e sem nada para colocar em nenhum bolso ou pacote.
Mias vidas, e mais vidas. Ruas abarrotadas de pessoas, pessoas abastecidas de produtos, lojas com produtos, capitalismo emocionante, animal!, mais produtos e mais pessoas, mais vendas e mais propagandas, maior aceitação.
Tanta coisa para que eu não sinta nada, ou que apenas meus olhos ardam novamente, para que lágrimas rolem e cessem, para depois novamente rolar. Como uma cadeia, onde tudo se resume a viver, mesmo que isso seja a última coisa da lista de nada que eu quero.
Viajando nessa droga de manhã ensolada e bonita, ouvindo música e mesmo assim, mesmo assim!, conseguindo ouvir a droga da conversa da mulher. Viajando para a sobrevivência e com um buraco enorme no peito, mas simplesmente ostentando um coração, que como todos outros bate, na necessidade de apenas bater, por só isso mesmo.
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