Pés e pés numa correria interminável, uma espera terrível por algo que simplesmente me faça parar, me faça sorrir. Mais pés e pés, isso é um mundo difícil.
Como o pó, e como o ar. Craseando tudo, confundindo as entranhas...
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Haverá de os céus perdoarem vocês? Os teus feitos já são tão cruéis que cada um acumula mais e mais, acumula de um todo que a cada custa muito mais. Não vêem que são suas as mãos que sujaram as mãos da criança que hoje habitam a terra da dor? SÃO ELAS, AS TUAS MÃOS QUE FIZERAM DA CRIANÇA O PARASITA DA TUA DOR.
Neste momento, o Adeus que eu deveria dar-lhes tarde
Sabe-se, a realidade é que sou infeliz com vocês, eu não estou falando isto ou escrevendo com a intenção de puni-los e culpá-los, eu jamais quero fazer isto. Admiro vocês, meros objetos da sociedade que enfrentam esse cotidiano massivo e doloroso, me orgulho pelas suas dores, pelos seus vícios e defeitos. De cada traço em meu rosto feio, eu carrego algo de cada um, no corpo e na alma, eu jamais quero esquecê-los, entendem-me?
Mas eu não nasci para ser feliz aqui, os grandes pensadores também sofreram em algum momento de sua vida, embora seja uma criança ainda aos olhos de tua sociedade, eu sofri como aquele jogado na calçado e julgado como monstro, sujo, ridículo, eu sou assim, mas a coragem me ausentou e a esperança de que algo melhore, mas nada melhorou, e não são ainda vinte anos, ou trinta, mas nesses poucos anos eu deixei que me derrota-se e eu não ligo de carregar a derrota maior como fardo pesado e triste que ele é.
Minha vida não deve ser louvada, ou cheia de brilhantes reluzindo no dia, nasci para viver ao convés dos mares de chuva e da noite, nasci para amar apenas um e decidir cedo com ele a minha vida eterna, nasci para trazer o conceito de liberdade que não se individualiza mas se vive junto. Nasci para ser pensadora da sociedade que mergulha em banhos de sangue e dor.
Mas eu renego o direito de ter de nascer para vencer meus medos, e as piores jaulas de minha vida, não devem me aceitar assim, não devem me amar assim. Mas é assim, neste assim que desde já eu vou lhes dizendo adeus, porque eu não posso viver aqui, eu nunca pude não?
Desde assim, vou lhes dizendo adeus, meu querido ogro, meu querido irônico e minha querida fada.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Custa a ti, custeia a mim custear a ti
Distinto, medíocre, quantos apelidos mais devo ter? Viver me custa, e não gosto de saber que tem alguém por este chão custeando minha vida e meu sopro doentio.Já era hora de bordar o símbolo de ódio na roupa e pertencer ao grupo, por um pedaço de pão e carne.
Neste mundo, sabe tu que é difícil de permanecer, as horas passam mais rápido e qualquer coisa pode lhe tirar do caminho e te atirar com força para perto dos jogos canibais. O que é lindo de se ver recompensa, mas até ver entendo que será o último gole celestial de uma boa breja gelada.
Meu dedo canibal e ossudo, difícil de fantasiar quando todos olham para ti e te julgam louco sussurrando aos ouvidos de teus pais, e não só eles como a tua nação vai bordar em bandeiras conselhos para ti e te tratar a base de tubos contendo dor.
Viver neste mundo, pode custar muito a quem me custeia, mas me custa muito mais ter de continuar a não aceitar o prato pronto que me servem a escola.
Neste mundo, sabe tu que é difícil de permanecer, as horas passam mais rápido e qualquer coisa pode lhe tirar do caminho e te atirar com força para perto dos jogos canibais. O que é lindo de se ver recompensa, mas até ver entendo que será o último gole celestial de uma boa breja gelada.
Meu dedo canibal e ossudo, difícil de fantasiar quando todos olham para ti e te julgam louco sussurrando aos ouvidos de teus pais, e não só eles como a tua nação vai bordar em bandeiras conselhos para ti e te tratar a base de tubos contendo dor.
Viver neste mundo, pode custar muito a quem me custeia, mas me custa muito mais ter de continuar a não aceitar o prato pronto que me servem a escola.
Por um momento eu pensei em deixar-me ali à beira do nada enquanto, eles iam todos em caminhos idênticos e depois se perdiam com um medo estranho de voltar e repensar. Sequer um dia eles pensaram no bê a bá da Bahia ou algo mas útil de seus cérebros. Fico aqui então com medo de ir em frente, me perder e fazer igual eles e não querer voltar para repensar no caminho que meus pés vão tocar.
Neste chão de areia, os dedos já brancos pelo uso de tênis demais, sufocado demais por sempre estar no escuro, sorriem meus dedões para mim, perfurando a areia macia e branca, sentindo aquilo que os monges devem definir como "paz", e cantando enquanto as ondas quebram perto de meus olhos, enquanto os cachos sem cor batem na face para voltar novamente a voar para trás, criando um aspecto intrigante naquele meio de vazio.
Homem, e eu andando, com medo daquele que pode me arrancar as roupas por conforto a si mesmo. E saber que eu apenas estou fugindo do terror das lágrimas que me vem visitar enquanto outras vozes me dizem o caminho que eu não quero seguir.
Neste chão de areia, os dedos já brancos pelo uso de tênis demais, sufocado demais por sempre estar no escuro, sorriem meus dedões para mim, perfurando a areia macia e branca, sentindo aquilo que os monges devem definir como "paz", e cantando enquanto as ondas quebram perto de meus olhos, enquanto os cachos sem cor batem na face para voltar novamente a voar para trás, criando um aspecto intrigante naquele meio de vazio.
Homem, e eu andando, com medo daquele que pode me arrancar as roupas por conforto a si mesmo. E saber que eu apenas estou fugindo do terror das lágrimas que me vem visitar enquanto outras vozes me dizem o caminho que eu não quero seguir.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Eu e o Meus Sessenta e Cinco Dedos Vetoriais
Girando em torno de seu próprio nariz e vendo que o mal cheiro agora já entope todas as narinas e as vias livres agora estão cheias e contaminadas daquele malcheiroso feito. Não somos trouxas mas não estamos aqui para brigar, eu não tive medo, e giramos em torno de notórias cousas que para nós não passa de magia pura. Traímos e fomos traídos, mas ninguém se importa como comporta a dor do outro.
Não estive por muito tempo perto de ninguém, e na verdade eu não me importei como tu se sentias, ou se ele precisava de mais uma mão para levantar e por dentro eu ri do teu tombo vergonhoso. Eu não sou boba, mas não estamos aqui para brigar? Se quiser ser aquilo que acha que o seu homem quer, seja, mas me tire desta piada, porque meu humor é tão negro que se deixa deliciar apenas por certas particularidades, que é melhor tu não insistir que eu não respondo por meus cavalos.
Deixando de lado na escrivaninha envelhecida de madeira que já se encontra meio amarela, tu não consegue entender que eu não vou me prender a este passos que eu vejo os dias levarem? Eu estou todos os dias a falar e se estes pensamentos nossos, que de tanto somos e são, falassem, não me suportariam e eu já estaria trancada com as paredes e elas a me odiarem. Mas não se queixe, se quiser ouvir. Os palavrões são costumeiros, e as reclamações também, os atos rabugentos e as verdades que acredito e ninguém sente.
Hoje, encostada naquele banco duro do ônibus e dormindo enquanto bato a cabeça, fico aí julgando e jogando meus dedos vetoriais sobre as cabeças estranhas das quais eu boto histórias. Talvez alguém também já tenha me botado alguma história e me julgado? Devo ter certeza, as pessoas não amam os humanos que se consideram mais do que eles. É a auto estima que eles alimentam a cada instante que se deixam, assim, por dizer tão fartos de si mesmo que descontam nos outros.
E ao meu acorde, novamente inventado onde meus dedos 1, 2 e 3 estão de um modo que o professor não aprovaria, vamos começar tudo de novo, eu e o meus sessenta e cinco dedos vetoriais e teus cérebros pequeno e cheios de amplitude universal e estrelar.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Residente no morro onde as chuvas vem atormentar-me, eu estive sempre molhada e gélida afundando no topo de um paraíso a qual eu temia descer, e nenhum de seus atrativos me era suficiente, afinal eu conseguia ver o horror por trás daquele todo arco-íris, eu pude ver quão doloroso era o sorriso que sustentava a mulher para seu marido.
Via, os dias passarem naquele paraíso, e o amor também, deixando até mesmo de ser amor. E nesses momentos eu me refugiava cada vez mais no topo do morro e clamava por chuvas que me molhasse e me fizessem esquecer que um dia eu vi aqueles olhares tão plastificados. Mas o coração molhado sempre me levava a observar, e tremendo de medo ficava ali a entender porque aquilo era assim, e porque só eu pensava deste modo? E todos os dias eu me refugiei na chuva, sozinha, embora muitas pessoas se esforçavam e iam me gostar, mas nenhuma conseguia fazer com que meu coração parasse de temer aquele paraíso de mentiras.
Eu então decide me refugiar de todo aquele horror, e eu atravessei mares e mares de vinhos para encontrar algo que me pudesse fazer, ... fazer... feliz. E por dias naveguei, com medo e dor do que via naquele lugar onde era meu mundo, e chorando bebi de todo aquele imenso mar esperando que ele estivesse envenenado.
Tanta dor que eu não conseguiria explicar, apenas vendo o temor em meus olhos e as lágrimas. Mas atravessando mares de vinhos, eu encontrei ele. Voltando para o verdadeiro paraíso, eu tornei-me mais do que humana e feliz, tornei-me ar de doce perfume que rodeia você.
Via, os dias passarem naquele paraíso, e o amor também, deixando até mesmo de ser amor. E nesses momentos eu me refugiava cada vez mais no topo do morro e clamava por chuvas que me molhasse e me fizessem esquecer que um dia eu vi aqueles olhares tão plastificados. Mas o coração molhado sempre me levava a observar, e tremendo de medo ficava ali a entender porque aquilo era assim, e porque só eu pensava deste modo? E todos os dias eu me refugiei na chuva, sozinha, embora muitas pessoas se esforçavam e iam me gostar, mas nenhuma conseguia fazer com que meu coração parasse de temer aquele paraíso de mentiras.
Eu então decide me refugiar de todo aquele horror, e eu atravessei mares e mares de vinhos para encontrar algo que me pudesse fazer, ... fazer... feliz. E por dias naveguei, com medo e dor do que via naquele lugar onde era meu mundo, e chorando bebi de todo aquele imenso mar esperando que ele estivesse envenenado.
Tanta dor que eu não conseguiria explicar, apenas vendo o temor em meus olhos e as lágrimas. Mas atravessando mares de vinhos, eu encontrei ele. Voltando para o verdadeiro paraíso, eu tornei-me mais do que humana e feliz, tornei-me ar de doce perfume que rodeia você.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Da maldita tosse ao nariz entupido, se desfaz em confusão o infinito. O momento que continua neste presente desta língua, e no contínuo passado a que ninguém quer pertencer, ao tempo de que eu sigo os passos daquele que seguirá os futuros.
E a tosse e o nariz fatigam-me, e eu deixo este momento com a dor de que não voltarei a vê-lo.
E a tosse e o nariz fatigam-me, e eu deixo este momento com a dor de que não voltarei a vê-lo.
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