Por um momento eu pensei em deixar-me ali à beira do nada enquanto, eles iam todos em caminhos idênticos e depois se perdiam com um medo estranho de voltar e repensar. Sequer um dia eles pensaram no bê a bá da Bahia ou algo mas útil de seus cérebros. Fico aqui então com medo de ir em frente, me perder e fazer igual eles e não querer voltar para repensar no caminho que meus pés vão tocar.
Neste chão de areia, os dedos já brancos pelo uso de tênis demais, sufocado demais por sempre estar no escuro, sorriem meus dedões para mim, perfurando a areia macia e branca, sentindo aquilo que os monges devem definir como "paz", e cantando enquanto as ondas quebram perto de meus olhos, enquanto os cachos sem cor batem na face para voltar novamente a voar para trás, criando um aspecto intrigante naquele meio de vazio.
Homem, e eu andando, com medo daquele que pode me arrancar as roupas por conforto a si mesmo. E saber que eu apenas estou fugindo do terror das lágrimas que me vem visitar enquanto outras vozes me dizem o caminho que eu não quero seguir.
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