Como o pó, e como o ar. Craseando tudo, confundindo as entranhas...

domingo, 22 de abril de 2012

  Quando a chuva bate em meu rosto, eu peço desesperadamente para que eu possa acreditar, peço para que eu sinta algo mais do que a chuva molhada no meu rosto, sinta algo além daquelas gotas que em vezes vem sozinhas, ou não.
  Eu poderia andar na rua por todo este tempo, trombando no passado, e olhando friamente e depois ele me atacando com toda sua força. E depois caminhando de novo, já reconstruída, a chuva, com a roupa encharcada, com a alma sendo lavada, e com o coração duro.
  É um absurdo que eu não possa acreditar nisto tudo, egoísmo? Ou auto-proteção? O que realmente estou fazendo sem perceber, será que é isso que vai mudar?
  Eu tenho muito pouco de vida, e quero vivê-la a tanto, que eu quero envelhecer, envelhecer rápido demais, para viver rápido demais, e não ter tempo de pensar, que eu realmente começo a me arrepender do que eu pedi em momentos de desespero.

  Queria sentir algo mais, do que essa dor rotineira, e do que a chuva molhando meu rosto, que esboça um sorriso que nem sabe o que quer dizer.

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